O que é FMEA de processo? Você já ouviu falar da ferramenta de qualidade FMEA? Basicamente, trata-se da abreviação da expressão “Failure Mode and Effect Analysis”, uma ferramenta importantíssima para a análise de defeitos e modos de falhas – algo essencial no meio corporativo.

Conhecida simplesmente como “FMEA”, esta ferramenta tem sido muito utilizada por empresas que direcionam seus investimentos na implementação de processos mais precisos na gestão, por meio do gerenciamento de riscos.

Uma boa análise feita com o FMEA de processo é capaz de identificar potenciais modos de falha de algum produto ou processos, o que permite que a empresa possa avaliar o risco associado a eles.

Assim, eles serão classificados em termos de importância, e poderão receber ações corretivas para reduzir a incidência de falhas.

A ferramenta também é utilizada no aumento da confiabilidade de produtos ou processos de operação, analisando as falhas que já ocorreram e até mesmo na diminuição do risco de erros, o que aumenta a qualidade dos procedimentos administrativos.

É importante destacarmos que aplicar o FMEA de processo é uma ação que traz impactos diretos no retorno financeiro que a empresa irá obter, uma vez que as potenciais falhas nos processos produtivos são minimizadas e até eliminadas.

FMEA de processos e outros tipos: o que é?

A ferramenta FMEA é aplicada nos processos de empresas de todo o mundo. O que muda de um tipo de FMEA para outro são pequenos aspectos, como a forma de classificar os riscos ou os nomes dados aos elementos em questão.

De qualquer forma, todos têm o mesmo objetivo: identificar as falhas que podem causar potenciais danos ou prejuízos tanto para o usuário do produto quanto para o serviço oferecido.

Para entender o que é FMEA e como aplicar na prática essa ferramenta da gestão de qualidade, assista ao vídeo abaixo. Se você já sabe o significado e quer entender como usar o FMEA de processos e outros tipos, continue a leitura!

Como mencionamos acima, a ferramenta FMEA é mais comum em processos e produtos, mas existem outros tipos. Saiba mais sobre alguns deles abaixo:

  • FMEA de Produto: também conhecida como “FMEA de Projeto”, esta versão analisa as falhas que poderão acontecer nas especificações dos produtos, direcionando o foco aos componentes e subsistemas.
  • FMEA de Processos: muito utilizada nas análises de processos transacionais, essa FMEA é focada nas falhas de produção do resultado desejado. Para isso, a ferramenta auxilia o profissional a encontrar possíveis defeitos e permite também que as causas das ocorrências sejam identificadas.
  • FMEA de Sistemas: essa categoria é utilizada para analisar os sistemas e subsistemas, utilizando das primeiras fases do conceito até as etapas de design. Aqui, o foco está direcionado sempre nos modos de falhas potenciais que tenham relação com a funcionalidade do sistema.
  • FMEA de Softwares: como indicado pelo próprio nome, a FMEA de Softwares é a modalidade que analisa tanto o desenvolvimento quanto a funcionalidade dos softwares, para garantir o bom funcionamento e eficiência dentro das empresas.

Leia também: O método FMEA e a Segurança no Trabalho

FMEA: como fazer em um projeto Lean Six Sigma?

Para que a ferramenta seja aplicada no contexto da metodologia Lean Six Sigma, é preciso considerar algumas bases importantes.

A primeira delas é definir e caracterizar os elementos e funções do sistema.

Aqui, devem ser registrados todos os dados sobre a descrição do processo ou produto que serão analisados, como:

  • informações do produto e da rotina,
  • indicados mínimos de qualidade,
  • definidos os resultados esperados.

Depois, identifique os modos de falhas potenciais e quais causas e impactos negativos podem ocorrer nos processos da empresa.

Para isso, utilize as informações da etapa anterior para fazer uma análise completa de todos os riscos operacionais existentes.

Não se esqueça de incluir as possíveis causas de uma ocorrência e quais impactos seriam causados.

Faça também uma avaliação semiquantitativa das possibilidades e modalidades de falha, avaliando os potenciais modos em que as falhas ocorreram ou podem ocorrer.

Para isso, utilize alguns critérios definidos previamente, como:

  • gravidade da falha,
  • possibilidade de ocorrência, entre outros.

Finalize com a criação de uma lista de riscos prioritários.

Como o gestor terá uma visão mais abrangente sobre os pontos que podem trazer impactos diretos no sucesso dos produtos e processos, torna-se possível desenvolver medidas preventivas.

Para isso, use o FMEA de processo para considerar:

  • a severidade da ocorrência,
  • a frequência com que o risco pode ocorrer na empresa dentro de um período determinado,
  • qual é a capacidade do negócio detectar – e solucionar – o problema caso ele realmente ocorra.

Para que todos estes passos sejam cumpridos de forma efetiva, é importante que a empresa treine os colaboradores para que eles apliquem as medidas com eficiência e, assim, evitem problemas em situações delicadas.

Entretanto, não se esqueça: aplicar FMEA de processos é um trabalho contínuo. Por isso, mesmo que as soluções tenham sido definidas e implementadas, a empresa deve sempre continuar a avaliação dos possíveis riscos e falhas.

 

Quais os benefícios da Ferramenta FMEA de processo para a organização?

Como o FMEA de processo lida justamente com a redução ou eliminação da ocorrência de falhas, a organização acaba reduzindo a frequência dos erros.

Após algum tempo, você verá que isso implicará:

  • menos atrasos,
  • fim das quedas de produtividade,
  • redução das indisponibilidades operacionais.

Além disso, as bases necessárias para uma otimização de softwares os torna mais lucrativos e mais impactantes nos resultados da empresa.

No aspecto financeiro, os custos de prevenção de falhas podem se tornar muito mais baixos que os custos de medidas corretivas, uma vez que as medidas preventivas costumam ser mais simples – e viáveis em termos econômicos – do que a correção de problemas que já ocorreram.

Deste modo, usando a FMEA de processos, a empresa reduz gastos, o que pode facilitar a criação de meios para novos investimentos.

Por fim, a credibilidade da empresa também sai ganhando: ao criar um banco de dados abrangente, transparente e objetivo sobre as falhas da companhia, a FMEA permite que a fonte dos dados seja rastreável para possíveis auditorias e manutenções.

Tudo isso contribui para estratégias futuras, uma vez que os gestores podem tomar decisões mais importantes e que evitem também problemas que comprometam a competitividade da empresa.

Quer ver um exemplo de FMEA de processos funcionando na prática? Então acesse o artigo,Estudo de Caso FMEA: Entenda como utilizar a ferramenta na prática”, e confira!

Como aprender a colocar o FMEA em prática?

Sem dúvida fazer um curso de FMEA é uma das formas mais rápidas de dominar a metodologia e começar a colocá-la em prática com segurança, em um curto espaço de tempo.

Com um curso você tem acesso a toda a metodologia, além de exemplos práticos de FMEA.

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Esperamos que este artigo tenha tirado suas dúvidas sobre a ferramenta FMEA de processos. Para seguir com seus estudos, sugerimos as leituras abaixo:

Além disso, assista também ao vídeo abaixo e tenha acesso a um resumão com exemplos de FMEA e como fazer.

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Autor

Formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual Paulista - UNESP - com as certificações Green Belt - 6 Sigma, Aerodinâmica aplicada e Python no currículo, hoje faz parte do time da Fros, ministrando cursos e realizando consultorias na área.