Sem tempo para ler este artigo sobre quais são os tipos de liderança? Então, ouça o episódio do podcast Passa no RH sobre este assunto:

Os tipos de liderança são abordagens distintas que um líder pode adotar diante a execução de tarefas em uma empresa. O tipo depende dos métodos que ele utiliza para escolher a equipe, delegar tarefas, motivar os colaboradores, etc. Mas quais são os tipos de liderança? Os sete principais são os seguintes:

Liderança autoritária

Liderança liberal

Liderança democrática

Liderança carismática

Liderança técnica

Liderança motivadora

Liderança coach

Nos tópicos a seguir você conhecerá cada tipo com detalhes. Continue acompanhando!

Quais são as qualidades que um líder precisa ter?

Na atualidade, o mercado de trabalho tem evoluído constantemente e se tornado muito mais competitivo. Essa evolução ocorre em todas as atividades que envolvem o trabalho: nos métodos, nas tecnologias, nas relações entre as pessoas e nos tipos de liderança exercidos.

Diante disso, diversos estudos estão sendo feitos para que seja possível compreender quais são as melhores formas de uma empresa se organizar e de conseguir resultados mais efetivos.

E a maneira como a liderança é exercida em uma empresa impacta diretamente nos resultados finais dela. Afinal, os estilos de liderança têm influência direta na atuação e no nível de motivação dos funcionários.

Cabe ao líder a difícil tarefa de reconhecer os talentos individuais e os objetivos de cada um. Assim, ele pode realizar um gerenciamento que alinhe a equipe com as metas da empresa. 

Os autores Edison Polo, Marcia Maximo e Wilson Weber realizaram um estudo sobre liderança envolvendo a empresa Siemens. Essa organização categoriza quais são as qualidades que um líder precisa ter por meio de quatro grupos de habilidades:: 

  • Drive (dirigir)
  • Focus (foco)
  • Impact (impacto)
  • Guide (guia)

Drive (dirigir)

  • Ter iniciativa
  • Orientar para alcançar resultados
  • Ter criatividade
  • Ter disposição para mudanças
  • Saber tomar de decisões

Focus (foco)

  • Ter uma alta capacidade de aprender
  • Possuir habilidades analíticas
  • Saber utilizar uma visão estratégica
  • Organizar e orientar visando a qualidade

Impact (impacto) 

  • Ser assertivo
  • Ter uma boa capacidade de comunicação
  • Possuir um bom network (rede de contatos)
  • Focar no cliente

Guide (guia)

  • Orientar
  • Inspirar
  • Oferecer treinamento
  • Trabalhar em equipe 
  • Ter sensibilidade

Essas competências foram definidas porque têm relevância na organização de uma empresa. De forma geral, elas estão relacionadas à busca de um equilíbrio entre os objetivos individuais e os resultados esperados pela empresa

E vale lembrar que um bom gestor lidera pelo exemplo. Ele deve executar as ações da forma que deseja que seus empregados executem, agindo sempre como um modelo de qualidade e comprometimento.

Quer saber o que é de fato liderança e como liderar pelo exemplo? Então, confira o TEDx Talk do Ronaldo Campos, Diretor Geral da Facid Wyden:

Um dos caminhos para ser um ótimo gestor é conhecer a metodologia Lean Manufacturing ( Produção Enxuta ou Manufatura Enxuta), que conta com uma junção de técnicas inteiramente focadas em melhorar a eficiência dos processos.

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7 principais de tipos de liderança nas organizações

Em 1960, os psicólogos  Ronald Lippitt e Ralph White realizaram uma pesquisa experimental que resultou em um livro: Autocracy and Democracy: An Experimental Inquiry (Autocracia e Democracia: uma investigação experimental). 

No livro, os autores verificam que existem três tipos de liderança que são mais comuns de serem encontradas nas organizações. Mas, para complementar o trabalho deles, nós adicionamos mais quatro tipos de liderança que também são comuns.

Então, confira abaixo os benefícios e as consequências dos setes principais tipos de liderança nas organizações:

1. Liderança autoritária

Na forma autoritária de liderança, o gestor exige respeito total e absoluto. Os colaboradores obedecem devido ao medo de serem demitidos ou sofrerem represálias. 

Sendo assim, a maioria dos colaboradores apenas se mantém na empresa por necessidade financeira..

O perfil desse líder está associado ao estereótipo do chefe que ocupa uma posição superior e não aceita dialogar com subalternos. 

Uma das consequências desse tipo de liderança é que o trabalho acaba se tornando muito prático, sem profundidade. As tarefas são burocraticamente divididas sem diálogo e, como consequência, a melhoria contínua fica em segundo plano. 

Modelos de administração japoneses, como o Kaizen, pressupõem que para a empresa conseguir obter melhorias contínuas é fundamental que os funcionários e a liderança trabalhem em harmonia. 

Para ter sucesso, os colaboradores precisam entender os objetivos da empresa, os valores e ter autonomia para poder tomar decisões quando for necessário. 

De acordo com os autores da pesquisa e com os resultados positivos gerados pelos métodos japoneses mencionados, percebe-se que a forma de gestão autoritária está ultrapassada. 

O gerenciamento por autoridade gera tensão e desmotivação nos funcionários. A falta de espontaneidade e iniciativa dentro do ambiente de trabalho reduz as transformações evolutivas.

Além disso, se o líder abandonar o grupo, as pessoas não saberão continuar trabalhando dentro da empresa. Pois, não foram capacitadas e incentivadas a ter autonomia dentro dos processos. Ou seja, os funcionários não criaram o hábito de tomar decisões por si mesmos. 

Outro problema gerado é que os colaboradores, por estarem desmotivados, acabam trabalhando somente quando há a fiscalização do chefe. Isso porque eles não se sentem parte da empresa e, provavelmente, tentarão evitar ao máximo suas tarefas.

Leia também: Como melhorar a produtividade da equipe: 5 dicas de liderança

2. Liderança liberal

A liderança liberal é exercida praticamente da forma inversa da vista anteriormente. O líder se ausenta do processo de gestão e deixa as atividades da equipe fluírem livremente. 

A participação desse tipo de liderança na delimitação das atividades é mínima e sem imposição de regras inflexíveis. Dessa forma, os próprios colaboradores costumam decidir como, quando e de que forma vão executar as tarefas relacionadas à empresa. 

Porém, ao posicionar-se de maneira ausente, o gestor não pode ser chamado de líder, pois não está orientando, administrando e inspirando a empresa. 

Além disso, nem o chefe e nem os funcionários estão trabalhando em equipe, o que vai contra as regras de administração japonesas citadas anteriormente. 

Esse tipo de gestão gera algumas consequências, visto que os funcionários podem ficar confusos em relação às tarefas que devem executar. E eles também não saberão como tirar essas dúvidas, uma vez que o chefe é ausente. 

Também pode ocorrer  de as tarefas se acumularem em um membro específico da equipe, gerando um aproveitamento por parte dos outros colaboradores. Assim, as pessoas podem não conseguir pensar como time, causando disputas e individualismos. 

3. Liderança democrática

Esse é o tipo de liderança mais indicado, segundo o estudo de Lippitt e White, porque os grupos que trabalham sob uma liderança democrática, apresentam os maiores índices de produtividade.

Em organizações democráticas o líder trabalha em união com a equipe. Isso significa que quando há uma situação em que são tomadas decisões, os funcionários são consultados.

A gerência entende que quem trabalha próximo dos processos, por exemplo, no chão de fábrica, possui um conhecimento prático sobre aquelas atividades. 

Esse aprendizado é muito importante, porque os trabalhadores podem conhecer intimamente determinada atividade ou equipamento. 

Enquanto isso, os gestores podem não ter a mesma percepção dessas práticas, pois suas tarefas são mais distantes do trabalho manual. 

Em uma entrevista cedida por Hiroaki Kokudai, formando em engenharia pelo ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica), ele afirma que não há qualidade sem trabalho em equipe. 

O engenheiro conta que, por vezes, os gerentes tentam resolver tudo sozinhos e acabam estagnados. Nesse contexto entra o trabalho em equipe, que  pode gerar frutos mais produtivos. 

Na gestão democrática o líder também interfere quando há necessidade e atua como mediador de conflitos internos da equipe.  O objetivo é orientar os colaboradores. Afinal, um bom líder delega tarefas de acordo com cada membro e também cobra resultados. 

Gestões democráticas têm como consequência uma maior confiança mútua entre líder e equipe. As relações são mais calmas e o diálogo ocorre de forma funcional.   

Outra consequência é o fato de que os funcionários são mais motivados e se sentem parte da empresa. Portanto, o trabalho realmente é mais dedicado e produtivo. 

Conheça melhor as vantagens e desvantagens no vídeo a seguir, do Lucas Retondo:

4. Liderança carismática

Um líder carismático costuma ser bem próximo de seus colaboradores, criando uma equipe unida, motivada e engajada. Geralmente, ele também passa a visão de uma hierarquia horizontal, onde todos estão em pé de igualdade, sem distinções dos cargos.

Por conta dessas características, esse tipo de liderança consegue motivar o time e resolver conflitos com facilidade, além de ser extremamente influente e persuasivo. Entretanto, é preciso tomar cuidado para que o profissionalismo se mantenha no foco principal.

Afinal, a proximidade e a amizade podem dificultar os colaboradores a verem o líder como uma autoridade.

Além disso, esses fatores também podem dificultar feedbacks e transparecer uma postura permissiva e pouco técnica, que aceita tudo e não entrega qualidade nos processos.

5. Liderança técnica

O líder técnico é totalmente voltado para estratégias, planejamento e entrega de resultados com eficiência e alta performance. Portanto, é uma pessoa altamente capacitada e preparada para solucionar possíveis percalços.

Sendo assim, esse tipo de liderança passa muita confiança para a equipe e serve como inspiração, pois mostra-se preparado para buscar soluções para o que for preciso. E, por conta de seus conhecimentos, pode ajudar muito no crescimento do time.

Porém, por ser muito ligado à técnica, este tipo de líder precisa ter atenção com a sua comunicação e relacionamento. É necessário que ele saiba transmitir os seus conhecimentos da forma correta para que não gere a percepção de intimidação ou autoritarismo.

Veja também: Como ser um bom líder: 5 dicas para liderança de equipes

6. Liderança motivadora

A liderança motivadora é aquela que utiliza muito do emocional e do otimismo para que a equipe esteja sempre engajada e pronta para qualquer desafio. É o tipo de líder que faz os colaboradores se orgulharem de onde estão e do que fazem.

Essa liderança é muito benéfica para o ambiente de trabalho, porque constrói um ótimo trabalho em equipe e aumenta a produtividade. Além disso, consegue ter um papel de grande diferença em momentos difíceis, fazendo com que todos continuem motivados.

O escritor e palestrante Simon Sinek explica no TEDx Talk a seguir como uma liderança pode motivar ação e ser inspiradora. Veja:

A desvantagem neste tipo de liderança é que a motivação em excesso pode gerar efeitos contrários, como o sobrecarregamento e a pressão. Por isso, é preciso ter noção de como equilibrar o comportamento.

7. Liderança coach

O líder coach se destaca pelo foco no desenvolvimento dos integrantes do time. Ele consegue identificar os pontos nos quais os colaboradores podem se capacitar e ajuda nesse processo de aprimoramento.

Diante disso, esse é um tipo de liderança que proporciona a construção de uma equipe altamente qualificada e eficaz, que sempre estará melhorando seus resultados. Para isso, está sempre promovendo o compartilhamento de feedbacks e reconhecendo os avanços.

O único ponto de atenção é o foco nos projetos e entregas que precisam ser feitas. Obviamente se dedicar às pessoas e ao desenvolvimento delas não é um ponto negativo. Contudo, isso não pode ser a única preocupação, também é preciso dar atenção a outras áreas.

Leia mais: Desenvolvimento de equipes: 5 dicas rumo a alta performance

Que tipo de líder eu sou?

Agora que você já conhece quais são os tipos de liderança é possível ter uma ideia em qual você se encaixa. Entretanto, a sua concepção pode ser enviesada. Então, para saber com mais precisão qual é a sua postura, faça este quiz: que tipo de líder eu sou?

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O que achou de conhecer quais são os tipos de liderança? Deixe seu feedback nos comentários e acompanhe os outros conteúdos da Frons! Somos uma empresa com o compromisso de proporcionar um ensino de qualidade da metodologia Lean Seis Sigma.

Autor

Autor de 2 livros publicados: "Lean Six Sigma: O guia básico da metodologia" e "101 Dúvidas sobre Lean Six Sigma". É formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual Paulista - UNESP. Estudou Business and Process Management pela University of Arkansas - EUA, direcionando sua especialização em Lean Seis Sigma e Gestão Empresarial. Professor de empresas como BRF, Plasútil, Usiminas, Petrocoque, Avon, Mondelli, UNESP, JohnDeere e de mais de 60.000 alunos na comunidade online. Com mais de 30 mil certificados emitidos, é CEO da Frons, uma plataforma focada em melhoria contínua e gestão de processos.