Quando se fala em melhoria contínua é impossível não lembrar das metodologias Lean Manufacturing e Six Sigma. Mas você sabe a diferença entre Lean e Six Sigma?

Essas metodologias foram criadas em contextos diferentes e usam ferramentas específicas para criar um fluxo de trabalho eficiente e livre de variações.

Se a sua empresa precisa passar por uma reformulação profunda dos processos usados atualmente e não sabe qual método usar, precisa antes conhecer cada um.

Existe sim diferença entre Lean e Six Sigma, mas elas também podem formar um conjunto poderoso para a implementação de melhorias.

Continue lendo e conheça como cada metodologia funciona e suas ferramentas principais que ajudam a gerar mudanças.

Entendendo a diferença entre Lean e Six Sigma

Lean Manufacturing e os desperdícios

Ao pesquisar sobre a metodologia Lean você já deve ter encontrado informações sobre os desperdícios do Lean Manufacturing.

Eles são um conjunto de fatores que podem acontecer no ambiente de trabalho de uma empresa que prejudica o seu desempenho, gerando desperdícios.

A eliminação dos desperdícios é o objetivo chave de implementar o Lean Manufacturing. Dessa forma, identificando e corrigindo alguns problemas a empresa ganha um potencial maior de produção.

O criador do sistema Lean, o americano Henry Ford, colocou em prática as ações para evitar o desperdício. Mais tarde a empresa Toyota adotou esses processos e criou o Sistema Toyota de Produção, adotado por empresas em todo mundo.

As ferramentas de lean manufacturing contribuem para evitar desperdícios como superprodução, excesso de estoque, problemas com transporte, falta de organização no ambiente de trabalho, etc.

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Os 7 desperdício do Lean Manufacturing | Imagem: Venki.

A diferença entre Lean e Six Sigma vai estar basicamente na maneira de abordar os processos para conduzir as melhorias.

No caso, do Lean Manufacturing, a abordagem é em cima dos desperdícios mostrados na imagem acima. Entenda melhor sobre cada um:

  1. Processamento desnecessário: quando um fluxo de trabalho ineficiente aumenta o tempo de produção;
  2. Movimentação: quando a equipe precisa se movimentar no ambiente de trabalho para pegar o que precisa para executar as tarefas;
  3. Excesso de estoque: quando a produção está acima da quantidade de pedidos, gerando um acúmulo de armazenamento a espera de venda; 
  4. Superprodução: quando não há controle de produção fazendo com que a equipe produza mais do que o necessário. Diretamente relacionada ao excesso de estoque;
  5. Espera: quando a equipe espera por matéria-prima para continuar a produção, manutenção de equipamentos, etc;
  6. Defeitos: quando acontecem erros após as etapas de produção que exigem a refação, gastando tempo extra da equipe com retrabalho;
  7. Transporte: quando pessoas, máquinas e peças precisam ser movimentadas no ambiente de trabalho para realizar a produção. Essa movimentação pode gerar danos aos equipamento e acidentes de trabalho

Identificando esses erros nos processos da empresa, é possível eliminá-los e tornar o trabalho mais organizado, produtivo, sem gargalos e com mais qualidade para o cliente.

Entenda melhor os meios de eliminar os desperdícios no vídeo abaixo.


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Para continuar entendendo a diferença entre Lean e Six Sigma, vamos explicar agora como funciona a abordagem da metodologia Six Sigma na melhoria de processos.

Six Sigma e a eliminação de defeitos

Para entender a diferença entre Lean e Six Sigma, é importante saber que a segunda metodologia envolve tanto a análise da produção quanto da pós-produção.

O Six Sigma é utilizado para oferecer ao cliente o melhor resultado com um produto ou serviço. Dessa forma, a abordagem vai passar pelo parte operacional e também pela administrativa.

O objetivo é eliminar potenciais defeitos nos processos antes que eles atinjam o cliente. 

Afinal, tudo que uma empresa quer é que a experiência com a marca e o atendimento sejam satisfatórios para seu público-alvo, não é mesmo? 

Para garantir que isso aconteça, o Six Sigma usa uma ferramenta chamada de DMAIC, sigla para: Definir, Medir, Analisar, Melhorar e Controlar.

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Imagem: Siteware.

Definir

Na etapa 1, é criada a equipe do projeto que vai identificar os problemas existentes e escolher os principais e viáveis para serem corrigidos. São levantadas também as melhorias em potencial que podem ser colocadas em prática. 

Medir

Na etapa 2, a equipe avalia o desempenho atual do processo em transformação, checa números, coleta novos dados e informações que possam levar a(s) causa(s) raiz do problema.

Analisar

Na etapa 3, é hora de analisar as causas principais encontradas para o problema e pensar em maneiras eficazes de solucioná-las, criando estratégias de melhoria. 

Melhorar

A etapa 4 é a parte prática da ferramenta onde começam os testes iniciais dos planos para correção e são escolhidas as ferramentas adequadas para começar efetivamente as mudanças. 

Controlar

Na etapa final, os planos para correção são monitorados com checklists ou ferramentas estatísticas, são coletados os dados sobre o resultado geral das mudanças e o acompanhamento prossegue de forma contínua. 

É literalmente um passo a passo com melhorias que ajudam a identificar defeitos e agir em cima deles para garantir a qualidade do trabalho e a satisfação do cliente.

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Diferença entre as duas metodologias

Como você pode ver, a diferença entre Lean e Six Sigma está na abordagem que cada metodologia usa para evitar falhas, eliminar o desperdício e ter melhores resultados.

O Lean Manufacturing foca em enxugar o tempo de produção para gerar mais eficiência e menos desperdício. Já o Six Sigma foca em eliminar os defeitos e custos extra nos processos para alcançar taxas mais altas de aprovação dos clientes. 

Sabendo a diferença entre as duas metodologias, é possível verificar que ambas podem ser complementares dentro de uma empresa.

Como abordam pontos diferentes, mas interligados, os benefícios de ter essas ferramentas de qualidade são inúmeros.

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Autor

Autor de 2 livros publicados: "Lean Six Sigma: O guia básico da metodologia" e "101 Dúvidas sobre Lean Six Sigma". É formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual Paulista - UNESP. Estudou Business and Process Management pela University of Arkansas - EUA, direcionando sua especialização em Lean Seis Sigma e Gestão Empresarial. Professor de empresas como BRF, Plasútil, Usiminas, Petrocoque, Avon, Mondelli, UNESP, JohnDeere e de mais de 60.000 alunos na comunidade online. Com mais de 30 mil certificados emitidos, é CEO da Frons, uma plataforma focada em melhoria contínua e gestão de processos.