A gestão de riscos é uma necessidade em todas as empresas. Sua função é avaliar e prever possíveis riscos ao seu negócio, dessa forma, o risco pode ser evitado ou minimizado, além de verificar oportunidades que podem alavancar seus lucros.

Entenda o que é a gestão de risco, sua importância para o seu negócio e 6 passos para implementar. Se deseja saber mais sobre o assunto, continue a leitura abaixo.

O conceito de risco

Os riscos são inerentes ao negócio, entender o que são vai auxiliar na compreensão do que é a gestão de risco. Conforme o dicionário do Google, uma das definições da palavra “risco” é:

Gestão de Risco é: “A probabilidade de insucesso de determinado empreendimento, em função de acontecimento eventual, incerto, cuja ocorrência não depende exclusivamente da vontade dos interessados.”

No ambiente corporativo, o risco significa incertezas sobre a empresa. Essas podem estar relacionadas em qualquer setor da empresa, assim como o negócio na totalidade.

O que é gestão de riscos?

A gestão de risco é um conjunto de ações que visam prever possíveis problemas e ameaças, evitando-os ou minimizando seus danos. Esse gerenciamento é feito a partir de várias etapas específicas que ajudam a identificar, analisar, planejar e monitorar riscos e oportunidades que não podem ser desperdiçadas.

Para realizar a prevenção desses riscos, é necessário o monitoramento constante dos indicadores da gestão de riscos, além de estimular a empresa e colaboradores para estarem preparados para imprevistos e como agir nessas ocasiões. O principal objetivo dessa gestão é a melhoria constante de todos os processos da empresa.

Consequência x Oportunidade

Quando falamos sobre a gestão de riscos, não estamos tratando apenas de problemas, mas também de oportunidades.

  • Risco como consequência negativa — relacionados ao risco como algo não dar certo ou oferecer alguma ameaça ao seu negócio. Podem ser um evento ou uma condição, como acidente de trabalho, perda de estoque, processos judiciais e mais. É necessário criar estratégias e ações preventivas;
  • Risco como oportunidade — perder oportunidades são um tipo de risco e resulta em incertezas para a empresa. Estar atento a essas possibilidades, pode aumentar lucros e melhorias dentro dos processos empresariais.

Confira também: Entenda o que é e qual a importância de uma gestão de projetos

tabela comparativa entre consequência e oportunidade na gestão de risco

Tipos de gestão de risco

Existem alguns setores ou áreas que possuem sua própria gestão de risco para melhorar e focar nos planos de ação.

  • De mercado — deve ser atento aos recursos da empresa, assim como o preço da matéria-prima, possíveis flutuações de valores;
  • De risco de crédito — monitora e protege a empresas de perda de receita relacionados às vendas a prazo;
  • De risco de liquidez — mantêm o caixa da empresa em funcionamento, para o pagamento de contas e fornecedores;
  • De risco operacional — monitora os fatores externos e internos da empresa. Como alteração da legislação, greves e mais. Fatores que podem paralisar as atividades da empresa.
4 tipos de gestão de risco

Entender a raiz desses problemas pode ajudar na solução, além de evitar que essas falhas se repitam. Para isso, utilizar uma árvore de falhas pode ser essencial.

Como fazer uma gestão de riscos?

Para realizar uma gestão de risco eficaz, conheça os passos do processo, para ocorrer de modo organizado e estratégico.

Como fazer uma gestão de riscos?

1. Definir o responsável

Para começar, é preciso definir um funcionário ou designar um setor para serem os responsáveis por fazer a gestão de risco. Após essa etapa, realize treinamentos e capacitação dessa equipe.

2. Identificação dos riscos

Saber os riscos é primordial para se preparar. Realize um brainstorm com sua equipe, ou seja, faça uma reunião dinâmica onde todos os participantes colaborem com ideias, dados e demais informações relevantes da empresa para fazer o levantamento dos possíveis problemas e oportunidades. Dessa forma, você também estimula soluções criativas, entenda mais sobre o brainstorm, com Carlos Sander, Master Black Belt, no vídeo abaixo:

3. Perfil do risco

Com os riscos estabelecidos, documente todos eles e os separe em importância e perfil. Deixe tudo documentado para que todos possam acessar. Ainda, categorize da seguinte forma:

  • Causa — é preciso entender qual a origem do problema, se é interno ou externo;
  • Impacto — entender quais são os impactos causados por este risco, positivos ou negativos;
  • Etapa — saber em qual etapa do processo pode ocorrer essa incerteza facilita a prevenção;
  • Consequência — avaliar as consequências negativas caso ocorra esse problema.

4. Análise: como elaborar uma matriz de risco

Com os dados já registrados e detalhados, o próximo passo é a análise. Verifique a relevância e priorize os riscos mais urgentes. Essa análise se divide em 2 etapas:

Análise qualitativa

A análise qualitativa visa determinar o efeito e a probabilidade da incerteza ocorrer. Para isso, pode-se utilizar a ferramenta conhecida como matriz de risco, mapeando as probabilidades e consequências das atividades empresariais.

Análise quantitativa

O objetivo da análise quantitativa é trabalhar com os resultados da análise qualitativa e considerar 2 fatores: tempo e custo. Dessa forma, cria-se um cronograma para lidar com os riscos apresentados. Nessa fase, é importante avaliar o custo de cada tarefa.

5. Elaboração do plano de ação

Diante de todos os dados e quais as prioridades, o plano de ação deve ser assertivo. Estipule metas reais, mudanças que serão realizadas, prazos e os responsáveis por cada tarefa.

6. Monitoramento

O monitoramento é a fase em que são analisadas a eficácia dos passos anteriores. Verificar se as metas foram cumpridas, se necessita de alguma mudança ou adaptação. Para controlar e checar processos, utilize abordagens como o DMAIC e o PDCA.

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Gostou do conteúdo? Continue navegando no nosso blog e confira também: “Gestão de processos: o que é e quais são as etapas”. Até a próxima!

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Autor

Autor de 2 livros publicados: "Lean Six Sigma: O guia básico da metodologia" e "101 Dúvidas sobre Lean Six Sigma". É formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Estadual Paulista - UNESP. Estudou Business and Process Management pela University of Arkansas - EUA, direcionando sua especialização em Lean Seis Sigma e Gestão Empresarial. Professor de empresas como BRF, Plasútil, Usiminas, Petrocoque, Avon, Mondelli, UNESP, JohnDeere e de mais de 60.000 alunos na comunidade online. Com mais de 30 mil certificados emitidos, é CEO da Frons, uma plataforma focada em melhoria contínua e gestão de processos.